domingo, 23 de março de 2014

lindeza?


que saudade! que saudade do teu nome, do conforto que tem dizer teu nome!


começa assim com um tom de euforia e vai acalmando como quem ganha massagem e termina molinho em qualquer canto. se for pra cair em qualquer ponto do corpo que é teu, eu vou ter que me dizer que ainda quero, relutante que sou de ti.


quero ouvir de novo músicas desconhecidas incríveis, ler de novo que minhas pernas mostradas daquele jeito são uma violência, saber mais vezes que você tem vontade de se bagunçar em mim. voltar a propor calendários particulares com eventos importantes só pra nós, neo-palavras que ninguém mais conhece, apelidos que só fazem carinho quando a gente se chama.


gostava tanto que ainda não aprendi a desgostar desse seu jeito de se perder no tempo. é meu jeito também, acabei descobrindo. horas e horas de reconhecimento. não era bem pelo prazer da conversa, mas pelo do reencontro. manhã chegando, trabalho chegando, sono se instalando pelo dia inteiro. dia de sorriso inteiro, pelos acontecimentos madrugados e pela ousadia de bancar um dia que_   já despertou? mas já?


eu tenho vontade é dessa sintonia de volta, de alguém sabendo o que me dizer, o que me fazer ouvir, como mexer comigo. tenho vontade de tocar teu rosto com o meu, de sentir cada pedaço devagar enquanto suas mãos alcançam minhas costas. das minhas mãos nos seus ombros caminhando pra as suas costas. da sua boca no meu pescoço e do meu peito no seu. dos meus dedos enrolados por cachinhos de cabelo. de você. ainda tenho é vontade que a gente aconteça. 

só que já começo a acreditar que você nunca existiu.


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