quinta-feira, 3 de dezembro de 2009



Pois é!
Fica o dito e o redito
Por não dito
E é difícil dizer
Que foi bonito
É inútil cantar
O que perdi ...


Taí!
Nosso mais-que-perfeito
Está desfeito
O que me parecia
Tão direito
Caiu desse jeito
Sem perdão ...


Então!
Disfarçar minha dor
Eu não consigo dizer:
Somos sempre bons amigos
É muita mentira para mim ...


Enfim!
Hoje na solidão
Ainda custo
A entender como o amor
Foi tão injusto
Pra quem só lhe foi
Dedicação



Pois é!


[chico]




tá tudo bem, tudo correndo bem. talvez seja por correr que vai bem. tudo que corre traduz alegria, desespero, euforia. mudanças bruscas, sensações rápidas, mais intensas.

são tão poucos os instantes felizes.

pois que eu corra
com alguns intervalos de caminhada compassada
que é pra fazer o balanço


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quinta-feira, 19 de novembro de 2009

desvendando os meios


- é a vida, meu bem, uma infinitude segmentada, uma composição de partes finitas.





domingo, 15 de novembro de 2009

   


 eu quero pra mim 
a plenitude de um instante repleto de leveza
transbordante de tranquilidade
angustiante de tanta calma
ensurdecedor de tanto silêncio
.
eu me quero pra mim




domingo, 25 de outubro de 2009



imbuída de um sentimento saudosista
não é qualquer saudade
não é um acontecimento qualquer
é um fato que não se deu
é tudo que deixou de ser
notar que a ausência de algo que não foi agora faz falta
sentir a falta do que não se viveu não é saudade
é arrependimento
é ter vontade de fazer diferente
quando já não há tempo para refazer
mas é que na partida o caminho parece tão longo ...
na memória, os instantes são menos;
menos bonitos,
menos sofridos,
menos plenos,
menos inesquecíveis.





sábado, 24 de outubro de 2009


gestos delicados
simbologia própria
minimalismo
sugere proteção de si mesmo
como fosse melindroso
melindroso de fato o é
frágil eu não diria

é somente reserva.
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domingo, 4 de outubro de 2009

umas memórias indeléveis

Coração generoso, atos de cunho divino, vida nababesca e ausência de problemas. Sim, porque se eles existem, ele certamente os afugenta. Tanto lhe sobra a fé como lhe falta o entendimento na sucessão dos fatos... e o motivo pelo qual eles não acontecem na hora que ele deseja e da maneira como gostaria. Tem vivido sem saudosismos, e assim continuará. Em meio aos acontecimentos, nem se deu conta de minhas previsões. Mas eu as assisto. Os lábios respondem a contento. Contento-me no seu contentamento.

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sexta-feira, 28 de agosto de 2009


juro não mais condicionar minha felicidade a amores fortuitos
nem a quem quer que seja
que eu seja sempre a melhor companhia para mim
que tenha o poder de me entender como a mais ninguém
e que nunca mais ame alguém tanto quanto a mim mesma
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quinta-feira, 20 de agosto de 2009


inebriada pela sensualidade que os números escondem. ou seria pela sensualidade das pessoas que se escondem por detrás dos números?

ré um mistério que só os calculistas sabem descortinar. rs


sábado, 15 de agosto de 2009


expressão que busca aconchego no peito

satisfação

prazer

rio malandro

a tradução da cumplicidade num só gesto

pós?

pernas entrelaçadas

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um cantinho de sorriso na face aflita
sobejo
sóbêjo
maciez
sem pressa
uma miscelânea de sensações

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quinta-feira, 30 de julho de 2009

esporadicidade de saudosista


o dia já se fez mais belo. cada raio de sol em início de manhã era a extensão de um sorriso meu, de um sorriso nosso. hoje não mais sorriso, e agora só meu. tratou de seguir a lei do menor esforço, essa que eu seguramente nunca aprenderei.

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quarta-feira, 29 de julho de 2009


.pertinaz e contudente.
ou seria pertinente e contumaz?


Jadiel.


Porque nunca constituímos uma instituição familiar de fato. Forjamos por anos uma junção que, no sentido mais amplo da palavra, me sufocou. Fui eu que tida invariavelmente como a que usa da criticidade para camuflar pontos frágeis fugi desse teatro particular, no qual os atores são sempre os mesmos e a peça jamais sai de cartaz. Cada crise liberta um choro. É uma súplica que repousa na inquietude da alma, tal qual o grito preso na garganta.

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domingo, 26 de julho de 2009

limítrofe


é quando tudo o que me cerca já não cumpre a função de cercar como bem deveria. eu me lanço assim como que sem pretensão, embora tenha em mim a ciência de que na condição de convidada do banquete, eu serei o prato principal. e devorada sim, mas por mim mesma. não é preciso que os fulanos se consumam me avaliando após traduzirem os novos costumes, eu me encarrego do subjugo posterior. muito embora me engane achando que consigo me enganar, não fujo à regra. se notar o traçado no chão, eu piso na linha, mas nenhum dedo toca o território alheio.