quinta-feira, 1 de abril de 2010


De súbito. É assim que me pegam os pensamentos.
É quando recordo ações.
É vívido.
Ainda posso sentir a brisa me levando o cansaço das linhas da face numa das descobertas.
E é por ser tão presente, embora passado, que me angustia.
Há, hoje, o encontro do que foi sentido lá e do que é sentido cá, cá dentro de mim.
Entristece.
Já não consigo externar as lágrimas.
Doía muito quando me era permitido chorar. Passava.
Já não choro. Guardo. Não por querer, por não conseguir liberar.
Sinto, não por quem foi, mas pelo que foi. Foi, de ir... que vai, embora.
Sinto pela ausência do que me fez feliz, não mais de quem me fez feliz.

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Estou eu então em mais uma fase de casulo. Em vigilância, mas fora de combate. Hei de tratar as cicatrizes, que suavizá-las para que fiquem quase imperceptíveis aos outros, mas antes a mim. Fazem parte do joguete os olhares sinuosos, adornados pela sobre-ancelha que acentua o processo de inferência por parte do outro - bem outro, porque, bem ou mal, eu não costumo me interessar por versões masculinas de mim.

Ao final de um quase riso, o riso.

Como fica o processo de captura se o riso não está como deveria?

A corda tá frouxa.